27 de nov. de 2019

INVASÕES HOLANDESAS NO CEARÁ


Invasão holandesa no Ceará (1637-1654)
Por: Samuel Lucas Silva Ribeiro[1]
Júlio César Saunders de Araújo[2]
Quando os holandeses já dominavam os territórios de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte decidiram ocupar o Ceará e aqui chegaram em 26 de outubro de 1637. Nessa data, tomaram o forte de São Sebastião e depois de uma breve, mas valente resistência portuguesa comandada por Bartolomeu de Brito (que contava com apenas 33 homens e pouca munição) o forte foi invadido pelos holandeses sob o comando de Jorge Garstman e Hendrick Huss. Bartolomeu de Brito foi levado prisioneiro para o Recife.
Em 1644, os holandeses foram atacados por uma revolta dos índios da região. O então comandante holandês, Gedeon Moris, que havia substituído Hendrick Huss em 1641, foi morto no confronto.
Em 1649, os holandeses retornaram ao Ceará, dessa vez sob o comando de Matias Beck e construíram o Forte de Schoonenborch, as margens do Rio Pajeú, onde futuramente seria erguida a vila de Fortaleza.
Em 1654 os invasores foram derrotados e expulsos por uma expedição comandada por Álvaro de Azevedo Barreto.
Em volta desse forte nasceu o que seria a vila de Fortaleza, que, no entanto, não foi a primeira capital do Ceará. Essa honra coube a cidade de Aquiraz, que em 1713 foi escolhida como a primeira vila do Ceará, situação que mudou devido ao ataque dos índios e a melhor condição de Fortaleza em dar segurança para as elites que se estabeleciam na capitania. Em 13 de abril de 1726, Fortaleza recebeu o status de vila como capital cearense.
                        
Fontes:
COSTA, Giovani. História do Ceará: invasão holandesa. In: blog do Inharé em 26 de janeiro de 2013.
FARIAS, Airton de. História do Ceará: dos índios a geração Cambeba. Fortaleza: Tropical, 1997



[1] Aluno do 3ºB da EEFM Estado do Paraná

[2] Formado em História pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e professor da rede pública estadual do Ceará

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