Invasão
holandesa no Ceará (1637-1654)
Por: Samuel Lucas
Silva Ribeiro[1]
Júlio César
Saunders de Araújo[2]
Quando os holandeses já
dominavam os territórios de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte
decidiram ocupar o Ceará e aqui chegaram em 26 de outubro de 1637. Nessa data,
tomaram o forte de São Sebastião e depois de uma breve, mas valente resistência
portuguesa comandada por Bartolomeu de Brito (que contava com apenas 33 homens
e pouca munição) o forte foi invadido pelos holandeses sob o comando de Jorge
Garstman e Hendrick Huss. Bartolomeu de Brito foi levado prisioneiro para o
Recife.
Em 1644, os holandeses
foram atacados por uma revolta dos índios da região. O então comandante
holandês, Gedeon Moris, que havia substituído Hendrick Huss em 1641, foi morto
no confronto.
Em 1649, os holandeses
retornaram ao Ceará, dessa vez sob o comando de Matias Beck e construíram o
Forte de Schoonenborch, as margens do Rio Pajeú, onde futuramente seria erguida
a vila de Fortaleza.
Em 1654 os invasores
foram derrotados e expulsos por uma expedição comandada por Álvaro de Azevedo
Barreto.
Em volta desse forte
nasceu o que seria a vila de Fortaleza, que, no entanto, não foi a primeira
capital do Ceará. Essa honra coube a cidade de Aquiraz, que em 1713 foi
escolhida como a primeira vila do Ceará, situação que mudou devido ao ataque
dos índios e a melhor condição de Fortaleza em dar segurança para as elites que
se estabeleciam na capitania. Em 13 de abril de 1726, Fortaleza recebeu o status
de vila como capital cearense.
Fontes:
COSTA, Giovani. História
do Ceará: invasão holandesa. In: blog do Inharé em 26 de janeiro de 2013.
FARIAS, Airton de. História
do Ceará: dos índios a geração Cambeba. Fortaleza: Tropical, 1997
[1]
Aluno do 3ºB da EEFM Estado do Paraná
[2]
Formado em História pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), mestre em
Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e professor da rede pública
estadual do Ceará
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